sexta-feira, 14 de maio de 2010

SABEDORIA PARA ALMA (SAINT YVES - O ARQUEOMETRO

Certamente, estamos longe do Renovador de Orfeu; de Jesus Cristo, o
Incomparável, mas com São Pedro, o humilde pescador da Galiléia, divinamente
transfigurado pelo Senhor em verdadeiro pontífice e verdadeiro rei. O espírito de
Pitágoras está sob o reflexo lunar, o do Apóstolo está sob a irradiação solar. Um é
interno, humano, superior, individualizado para a vida imortal por sua razão e por sua
consciência; o outro acaba não sendo nem externo, nem interno, pois já está
reabsorvido no íntimo, reintegrado à própria vida na Terra, não só da imortalidade
individual, mas da eternidade divina. Esse Dwi-Ja de Jesus se doa por inteiro —
Razão, Consciência, Existência — para receber essa vida suprema. Está no Espírito
Santo, no redemoinho divino e vivo da Ascensão do Filho, por meio das hierarquias
angelicais de onde havia descido, da direita do Pai, que havia deixado, para concedernos
a existência e a substância celestial, até seu trono de rei da glória, que havia
abandonado para ser por nós ignorado, caluniado, insultado, machucado com golpes
de varas, coroado com espinhos e pregado em uma cruz. Porém, não existe talvez
uma relação espiritual entre os últimos fiéis do Verbo Criador e os adoradores do
Encarnado? Será que não existe um pouco da coroa de espinhos sobre a fronte de
mártir de Pitágoras, assim como também na do seu Mestre Orfeu.
Se fosse de outra forma, existiriam dois Verbos divinos.

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